Vai
dar zebra
A
‘zebra’ voltou à evidência neste espaço, depois que publiquei a célebre frase
do técnico Gentil Cardoso, que botou o quadrúpede listrado na roda. A história
foi bem contada pelo escritor e pesquisador mineiro Victor Kingma e vai aqui reproduzida:
O
futebol, nosso velho e bom esporte bretão, trazido para o Brasil por Charles
Miller em 1894, e que em pouco tempo se tornou uma paixão nacional, vem, ao
longo de todos estes anos, não só contribuindo para a divulgação da imagem do
país em todos os cantos do mundo, mas, também, influenciando até na formação da
nossa língua pátria. Várias expressões, oriundas do meio futebolístico,
acabaram se incorporando ao nosso vocabulário.
Uma delas, que muito bem comprova essa tese, é “vai dar zebra”.
Gentil Cardoso, autor da frase que entrou para o folclore do futebol nacional |
o
Essa expressão, tão comum entre os boleiros, significa, no popular, que o impossível ou o inesperado pode acontecer.
Foi usada pela primeira vez pelo técnico Gentil Cardoso, um dos maiores filósofos do futebol brasileiro, em 1964, num jogo do Vasco da Gama contra o seu time, a Portuguesa, pelo Cmpeonato Carioca daquele ano.
O favoritismo era todo do Vasco, mas, antes do jogo, entrevistado pelo repórter de campo, Gentil profetizou: “vai dar zebra!.” Estava se inspirando numa outra grande manifestação da nossa cultura, que é o jogo do bicho.
Essa expressão, tão comum entre os boleiros, significa, no popular, que o impossível ou o inesperado pode acontecer.
Foi usada pela primeira vez pelo técnico Gentil Cardoso, um dos maiores filósofos do futebol brasileiro, em 1964, num jogo do Vasco da Gama contra o seu time, a Portuguesa, pelo Cmpeonato Carioca daquele ano.
O favoritismo era todo do Vasco, mas, antes do jogo, entrevistado pelo repórter de campo, Gentil profetizou: “vai dar zebra!.” Estava se inspirando numa outra grande manifestação da nossa cultura, que é o jogo do bicho.
Quando o Barão de
Drumonnd criou este jogo, escolheu 25 bichos e entre eles, não estava a zebra.
Assim, dar zebra no jogo do bicho é impossível.
Mas, no jogo de futebol, o que parecia impossível, aconteceu: a Portuguesa venceu por 2 x1. Deu zebra!
O fato foi manchete em vários jornais do dia seguinte. E virou folclore.
Assim, dar zebra no jogo do bicho é impossível.
Mas, no jogo de futebol, o que parecia impossível, aconteceu: a Portuguesa venceu por 2 x1. Deu zebra!
O fato foi manchete em vários jornais do dia seguinte. E virou folclore.
A zebra virou mascote da Portuguesa carioca |
No início dos anos 70, com a implantação da Loteria Esportiva, que se tornou uma febre nacional, o termo foi mais popularizado ainda, pois na televisão, era uma zebrinha quem informava o resultado dos jogos.
Quando acontecia algum resultado inesperado, a simpática zebrinha entrava em cena com sua voz inconfundível:
- Olha eu aí! Zebra!
E a zebra foi definitivamente incorporada ao vocabulário esportivo.
Com o passar do tempo, a expressão, passou, então, a ser usada popularmente, para definir algo que pode não dar certo ou não sair conforme o previsto. Assim, pode dar zebra em um negócio, uma viagem, um namoro e, é claro, em um jogo de futebol.
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