JOSÉ RENATO SÁTIRO
SANTIAGO *
Pesquisa sobre o
‘relacionamento’ de Pelé com 75 clubes brasileiros, cheia de histórias
curiosas, fatos únicos, súmulas esquecidas e dados com ‘algo a mais’.
América-SC
(Joinville): Pelé tinha recém estreado como jogador profissional, com
16 anos, quando acompanhou o Santos, que realizou duas partidas amistosas com o
América no estádio Edgar Schneider na cidade de Joinville. Embora titular, Pelé
não marcou gols nas duas vitórias, por 5 a 0 e 3 a 1, nos dias 17 e 19 de
fevereiro de 1957.
América-SP (S.
J. do Rio Preto): Ao longo de 16 jogos, sempre com o Santos, Pelé marcou
15 gols na equipe de São José do Rio Preto, quatro deles em 14 de outubro de
1959, na Vila Belmiro, em partida válida pelo Campeonato Paulista, na goleada
santista de 8 a 0. Apenas em duas oportunidades, justamente nos dois confrontos
realizados após esta goleada, em 17 de setembro de 1960, 1 a 0, e 5 de julho de
1964, 2 a 1, o América levou a melhor frente à equipe do ‘Rei’.
Atlético-MG: Pela seleção
brasileira, Pelé o enfrentou uma vez e marcou gol, em 3 de setembro de 1969,
quando o Galo venceu por 2 a 1 no Mineirão. Já pelo Santos, levou a melhor em 9
das 18 vezes que enfrentou a equipe mineira, marcando 10 gols e perdendo em
cinco oportunidades. Foram duas partidas decisivas, pelas quartas de finais da
Taça Brasil de 1964. O Santos venceu por 4 a 1, no estádio Independência, e 5 a
1, no Pacaembu, respectivamente, nos dias 18 e 25 de outubro, e o ‘Rei’ marcou
3 gols.
Atlético-PR: No dia 28 de
outubro de 1970, em partida válida pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa, em
Curitiba, coube ao seu ex-companheiro Dorval marcar o gol da única vitória
paranaense frente ao Santos de Pelé, por 1 a 0. Nos outros dois confrontos, ambos
pelo Campeonato Brasileiro de 1973, a equipe paulista venceu, sendo que no dia
11 de novembro o gol foi dele, aos 40 minutos do segundo tempo.
Avaí-SC: A cidade de
Florianópolis parou, no dia 15 de agosto de 1972, para ver o ‘Rei’ em sua única
partida frente ao Avaí. Com o estádio Adolfo Konder completamente lotado, com
19.985 pessoas, recorde de público até os dias atuais, o Santos levou a melhor,
vencendo por 2 a 1, com dois gols de Alcindo.
Bahia-BA: Pelé não estava
presente na partida final da Taça Brasil de 1959, em 29 de março de 1960,
quando o Bahia conquistou a competição nacional frente ao Santos, ao vencer por
3 a 1. Coube a ele dar o troco, na final de 1961, no dia 27 de dezembro, ao
marcar 3 gols na goleada por 5 a 1 que decidiu o título em favor do Santos na
Vila Belmiro. O ‘Rei’ conquistaria a Taça Brasil de 1963 com o Santos, após
duas vitórias frente ao Bahia, por 6 a 0 em 25 de janeiro de 1964, na Vila
Belmiro, e três dias depois, por 2 a 0 na Fonte Nova, marcando dois gols em
cada partida. Em 6 de junho de 1969, pela seleção brasileira, marcou 1 gol, na
vitória por 4 a 0. Ao longo da carreira, marcou 16 gols nos 16 confrontos,
vencendo 11 e perdendo apenas duas.
Pelé com seu parceiro Coutinho |
Bangu-RJ: Foram duas
partidas jogando pelo Santos, ambas valendo pelo Robertão, com uma vitória, um
empate, e um gol marcado. A partida mais relevante, no entanto, aconteceu em
jogo no preparatório para a Copa do Mundo de 1970, em 14 de março, pela seleção
brasileira, quando o empate por 1 gol provocou uma crise na comissão técnica,
que culminou com a demissão do técnico João Saldanha, que divulgara momentos
antes que pretendia colocar Pelé no banco de reservas, por ele ter graves
problemas de visão.
Botafogo-PB: Em dois
amistosos realizados na cidade de João Pessoa foram duas vitórias do Santos. O
primeiro deles, em 14 de novembro de 1969, poderia ter entrado para a história
como o jogo do gol 1.000 de Pelé. Aos 13 minutos do segundo tempo, o menino de
Três Corações marcou o seu tento de número 999, o terceiro da goleada de 3 a 0
naquele dia. Quando a torcida esperava por mais um gol do ‘Rei’, ele assumiu a
posição do goleiro Jair Esteves, que se contundira, quando as substituições
permitidas já tinham sido feitas.
Botafogo-RJ: Não foram muitas
partidas decisivas, no entanto, foram muito intensas. Na terceira partida da
final da Taça Brasil de 1962 em 2 de abril de 1963, que decidiu a competição,
Pelé marcou 2 gols na histórica goleada de 5 a 0 no Maracanã. Poucos meses
depois, em 28 de agosto, na partida decisiva válida pelas semifinais da Taça
Libertadores, Pelé voltou a ser decisivo, marcando 3 gols na goleada de 4 a 0.
O equilíbrio pautou a história dos confrontos, ao longo de 23 partidas, com 9
vitórias do Santos e 8 triunfos do Botafogo. Pelé fez 13 gols.
Botafogo-SP
(Ribeirão Preto): Uma das equipes que mais sofreram com Pelé. Com o ‘Rei’,
o Santos venceu 24 dos 28 confrontos e alcançou uma incrível marca de 100 gols,
média de 3,6 gols por partida. Pelé fez 40 deles, 8 ‘apenas’ na goleada por 11
a 0 em jogo válido pelo Campeonato Paulista, em 21 de novembro de 1964, batendo
o recorde, até então, de maior número de gols marcados por um mesmo jogador em
uma partida. Pelé marcaria 4 gols frente ao Botafogo em mais duas goleadas
santistas, 5 a 0 em 25 de novembro de 1965, e 5 a 1 em 31 de maio de 1969.
Bragantino-SP: Em dois jogos,
duas vitórias do Santos. A primeira em amistoso, por 4 a 1, no dia 19 de
janeiro de 1958, com 1 gol do ‘Rei’. Já a segunda foi em uma partida
emocionante válida pelo Campeonato Paulista em 13 de novembro de 1966, na
cidade de Bragança Paulista. Naquele dia, Pelé abriu o placar aos 24 minutos do
primeiro tempo. A seguir, o Bragantino empatou. Aos 16 do segundo tempo, de
pênalti, Pelé voltou a colocar o Santos em vantagem. Já aos 37 minutos, o time
da casa empatou. A partida se encaminhava para seu término, quando, a menos de
5 minutos do final, o ‘Rei’ voltou a marcar, definindo a vitória santista por 3
a 2.
Brasil de
Pelotas-RS: O menino Pelé, com apenas 16 anos, participava da
excursão do Santos ao sul do país quando enfrentou, em 22 de março de 1957,
pela única vez em sua carreira, o Brasil de Pelotas, em amistoso realizado em
rodada dupla no estádio da Boca do Lobo, juntamente com Pelotas x Bangu. Pelé
começou no banco de reservas, e entrou no segundo tempo no lugar de Pagão, na
partida que acabou empatada em 2 a 2.
Ceará-CE: Foram 3 partidas
frente ao Ceará, todas elas no estádio Presidente Vargas e válidas pelo
Campeonato Brasileiro. Pelé não venceu nenhuma das partidas. Em 9 de outubro de
1971, houve um empate sem gols. Já no ano seguinte, no dia 3 de dezembro, no
milésimo jogo de Pelé com a camisa do Santos, o ‘Rei’ chegou a abrir o placar,
mas o Ceará virou o escore, para 2 a 1. Por fim, em 23 de setembro de 1973,
nova vitória da equipe cearense, desta vez por 2 a 0.
CEUB-DF: Edson Arantes do
Nascimento teve uma grande atuação na única partida frente à equipe do CEUB,
Centro de Ensino Unificado de Brasília Esporte Clube, disputada em 20 de março
de 1974 e válida pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. Ele marcou o segundo
gol da vitória santista por 3 a 1. Aquele dia acabou cando marcado por muita
confusão devido ao fato de alguns torcedores, ansiosos por ver Pelé de perto,
terem invadido o estádio. Após ação policial, algumas pessoas acabaram feridas.
Comercial-MT
(depois MS) — Com três gols de Pelé, o Santos venceu com facilidade o
Comercial por 4 a 1 em partida amistosa na cidade de Campo Grande, até então,
no Mato Grosso, em 11 de maio de 1965. Voltariam a se enfrentar em 12 de
setembro de 1973, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. Desta
vez, no entanto, o Comercial venceu a partida por 1 a 0 e ainda perdeu um
pênalti aos 40 minutos do segundo tempo.
Comercial-SP
(Ribeirão Preto): Ao longo de 15 confrontos frente ao Comercial de
Ribeirão Preto, sempre pelo Campeonato Paulista, Pelé marcou 22 gols, vencendo
13 partidas e sofrendo apenas uma única derrota. O primeiro deles aconteceu em
1° de novembro de 1959, no estádio Costa Coelho, em Ribeirão Preto, vencido por
6 a 2. O único triunfo da equipe do interior foi em 7 de agosto de 1960, por 2
a 0. Em 13 de outubro de 1966, na Vila Belmiro, o Comercial chegou a abrir 2 a
0 e 4 a 2 no placar, mas acabou perdendo por incríveis 7 a 5. Já em 7 de abril
de 1968, no Palma Travassos, o Santos de Pelé aplicou um 8 a 2.
Comercial-SP
(São Paulo): O equilíbrio apresentado no empate em um tento, com gol
do ‘Rei’, no primeiro confronto do Santos de Pelé frente ao Comercial da
capital paulista, em 31 de julho de 1958, no estádio do Parque São Jorge, deu a
impressão de que a equipe santista teria trabalho no jogo do returno na Vila
Belmiro no dia 19 de novembro. Até os 30 minutos do primeiro tempo, o placar se
manteve 0 a 0. A partir daí, foi um show. O Santos venceu por 9 a 1 com 4 gols
de Pelé. Voltariam a se enfrentar mais duas vezes, em 1959, com vitórias
santistas.
Corinthians-SP: Em 49 partidas,
sendo uma com Pelé atuando pela seleção brasileira, na goleada de 5 a 0, em 21
de maio de 1958, o Corinthians sofreu 116 gols, sendo o segundo time a sofrer
mais gols de equipes defendidas por Pelé. Cinquenta destes gols tiveram a
autoria de Pelé e por conta disso o Timão é a equipe que tomou mais gols do
‘Rei’. Ao longo de sua carreira, foram 25 vitórias, 15 empates e 9 triunfos
corintianos. Entre 14 de setembro de 1958 e 10 de dezembro de 1967, o Santos
com Pelé se manteve 23 partidas invicto no clássico, com destaque para as
partidas em que Pelé marcou 4 gols, o que aconteceu em três ocasiões, no dia 7
de dezembro de 1958, em uma goleada de 6 a 1, em 6 de dezembro de 1964, em um
inusitado 7 a 4, em partidas válidas pelo Campeonato Paulista e no empate por 4
a 4 no dia 15 de abril de 1965, pelo torneio Rio-São Paulo. No último
confronto, em 29 de setembro de 1974, na despedida do ‘Camisa 10’ no estádio do
Pacaembu, o Corinthians levou amelhor, por 1 a 0. Durante esse período, as
equipes jamais se encontraram em partidas que decidiram títulos.
Corinthians-SP
(P. Prudente): O Santos de Pelé enfrentou apenas duas vezes o
Corinthians de Presidente Prudente, em partidas válidas pelo Campeonato
Paulista de 1960. Pelé marcou 1 gol em cada ocasião, o tento da vitória no 1 a
0 em 14 de agosto, no estádio Parque São Jorge de Presidente Prudente, e na
goleada de 5 a 0 no dia 23 de novembro, na Vila Belmiro.
Pelé e Garrincha, outro gênio da bola (Reprodução) |
Coritiba-PR: O primeiro
encontro aconteceu no ano de consagração de ‘Rei’, 1958, no dia 21 de dezembro
em partida amistosa realizada no estádio Durival de Brito, quando ele marcou o
gol do empate em 1 gol. Ao longo de 7 confrontos, sendo um deles pela seleção
brasileira, na vitória por 2 a 1 em 13 de novembro de 1968, Pelé esteve no lado
vitorioso em 5 deles, marcando 4 gols. A única vitória paranaense, por 2 a 1,
aconteceu na primeira vez que se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro, no dia
27 de outubro de 1971, em Curitiba.
CRB-AL: No estádio
Severiano Gomes, antigo estádio do CRB, o Santos de Pelé jogou pela primeira
vez em Alagoas, em 25 de julho de 1965, em seu primeiro, e único, confronto
contra a equipe da casa. Após um primeiro tempo muito equilibrado, que acabou
empatado sem gols, o Santos passeou em campo no segundo tempo, aplicando uma
sonora goleada de 6 a 0, com dois gols do ‘Rei’, ainda que o técnico Lula tenha
promovido 8 substituições ao longo da partida.
Cruzeiro-MG: Entre as equipe
grandes, que enfrentaram o Santos de Pelé, em mais de 10 partidas, o Cruzeiro é
o único que levou vantagem, com 5 vitórias, frente a 4 da equipe paulista, com
6 gols de Pelé. O primeiro confronto aconteceu em partida amistosa, em 23 de
dezembro de 1958, realizada do estádio Independência e foi vencida pelo Santos
por 4 a 2, com 3 gols de Pelé. Neste dia, a curiosidade foi a presença de seu
ídolo, Zizinho, atuando pela equipe mineira. As equipes viriam a decidir a Taça
Brasil de 1966. Na primeira partida em 30 de novembro, no Mineirão, a equipe
mineira passeou, aplicando um surpreendente 6 a 2. Inconformado com o
resultado, Pelé acabou expulso; ainda assim, pelo fato de que naquele tempo não
havia a suspensão automática, ele pôde estar presente, no próximo jogo, no dia
7 de dezembro, no Pacaembu. O Santos abriu 2 a 0 no placar, com um gol do
‘Rei’, mas acabou sofrendo a virada por 3 a 2 e o título ficou com o Cruzeiro.
Esportiva-SP
(Guaratinguetá): No ano de 1961, em partidas válidas pelo Campeonato
Paulista, Pelé extrapolou frente à Esportiva de Guaratinguetá, marcando 4 gols
na goleada de 5 a 1, em 13 de setembro, na Vila Belmiro, e mais 3, no estádio
Benedito Meirelles em nova goleada, de 4 a 0, no dia 8 de novembro. A última
vez que se enfrentaram, no entanto, a Esportiva levou a melhor, por 2 a 0, em
21 de outubro de 1964. Ao todo foram 4 partidas com duas vitórias santistas.
Fast
Clube-AM: Em jogo amistoso marcado para às 21 h de uma
sexta-feira, no dia 9 de agosto de 1968, o estádio da Colina estava
completamente lotado desde às 17 h por torcedores que iriam assistir, pela
primeira vez, ao ‘Rei’ Pelé na cidade de Manaus. Após um período inicial muito
equilibrado, que acabou em 0 a 0, o Santos se impôs no segundo tempo e goleou a
equipe tricolor por 3 a 0. Pelé marcou o segundo gol. Esta foi a única partida
do ‘Rei’ frente ao Fast Clube.
Ferroviária-SP: A única equipe
do interior paulista que, embora tenha tido desvantagem nos confrontos com o
Santos de Pelé, chegou a golear o time alvinegro em mais de uma oportunidade.
Em partidas válidas pelo Campeonato Paulista, em Araraquara, aplicou um 4 a 0,
em 4 de setembro de 1960, e outros dois 4 a 1, em 1° de setembro de 1963 e 7 de
março de 1971. Mas o ‘Rei’ também aprontou das dele contra a Ferrinha, na Vila
Belmiro, marcando 3 gols nos 5 a 0 em 7 de dezembro de 1960, mais 2 em 13 de
dezembro de 1961, na goleada por 6 a 2 que valeu o título paulista daquele ano
ao Santos, e mais 4 em um 7 a 2 no dia 15 de setembro de 1962. Ao todo, foram
24 partidas, com 13 vitórias santistas, 4 empates e 7 triunfos da Ferroviária,
com 23 gols marcados por ‘Ele’.
Flamengo-RJ: Pelé enfrentou o
Flamengo em 19 oportunidades, sendo uma delas pela seleção brasileira, em 6 de
outubro de 1976, em amistoso vencido pelo ‘Fla’ por 2 a 0, realizado em prol da
família do jogador rubro-negro Geraldo, que morrera durante uma cirurgia de
amígdalas. Foram 8 vitórias, 5 empates, 6 derrotas e 13 gols marcados. Pelo
Santos, o primeiro confronto aconteceu no Pacaembu, no torneio Rio-São Paulo,
em 9 de março de 1958, quando, embora a equipe paulista tenha aberto 2 a 0 no
placar, com um gol de Pelé, o Flamengo virou o jogo e venceu por 3 a 2. Em 11
de março de 1961, também pelo Rio-São Paulo, no Maracanã, o Santos deu um
passeio, goleando por 7 a 1, com 3 gols de Pelé. Decidiriam a Taça Brasil de
1964, com o Santos levando a melhor, ao vencer por 4 a 1 em 16 de dezembro, no
Pacaembu, com 3 gols de Pelé, e empatar sem gols na partida de volta no
Maracanã.
No ar, como se fosse um acrobata (Reprodução) |
Fluminense-RJ: Um grande
equilíbrio marcou os confrontos do Santos de Pelé e o Fluminense. Ao longo das
12 partidas disputadas, foram 5 vitórias paulistas e 3 cariocas, com 5 gols do
‘Rei’. Em 5 de março de 1961, pelo torneio Rio-São Paulo, no estádio do
Maracanã, o Santos já vencia por 1 a 0, com um gol de Pelé, quando, aos 40
minutos do primeiro tempo, ele marcou um gol tão bonito, que fez com que o
jornalista Joelmir Beting mandasse fazer uma placa de bronze com o seguinte
texto: “Neste estádio, Pelé marcou no dia 5 de março de 1961 o tento mais
bonito da história do Maracanã”. Era o nascimento do gol de placa. Em abril de
1978, já aposentado, Pelé estava na Nigéria quando foi convidado a atuar por 35
minutos com a camisa da seleção nigeriana frente ao Fluminense, que venceu por
3 a 1.
Fortaleza-CE: Pelé marcou 2
gols na primeira vez que atuou na capital cearense, Fortaleza, justamente
frente à equipe homônima, em partida amistosa realizada no estádio Presidente
Vargas (PV), em 18 de julho de 1959, que acabou empatada em 2 a 2. Voltaria a
enfrentar o tricolor cearense em 23 de janeiro de 1974, em partida válida pelo
Campeonato Brasileiro de 1973, novamente no PV. Pelé voltou a marcar 2 gols,
mas desta vez o Santos goleou por 5 a 1. Em 18 de julho, no Pacaembu, houve um empate
por 1 gol.
Francana-SP: Durante partida
amistosa realizada, no dia 24 de abril de 1974, pelas festividades relativas à
comemoração da data de elevação de Franca a condição de cidade, Pelé teve a
oportunidade de reencontrar um velho companheiro campeão mundial, Zózimo, que,
embora já tivesse se aposentado, foi convidado a participar do jogo, defendendo
a Francana. Em campo, a partida não teve muitas emoções e acabou empatada sem
gols.
Goiás-GO: Foram 5
confrontos marcados pelo equilíbrio, com uma vitória de cada equipe, 3 empates
e 2 gols de sua autoria. O primeiro jogo, um amistoso, aconteceu em 19 de março
de 1968, na cidade de Goiânia, acabou empatado em 3 a 3, com um gol de Pelé e a
presença do presidente da República, o marechal Costa e Silva. No último
confronto, em 6 de fevereiro de 1974, em partida válida pelo Campeonato
Brasileiro daquele ano, no estádio do Pacaembu, o Santos vencia por 4 a 1 até
os 34 minutos do segundo tempo, e acabou sofrendo o empate.
Grêmio-RS: Ainda com 16
anos, Pelé enfrentou o Grêmio durante excursão do Santos ao sul do país, em 12
de março de 1957. Reserva, entrou no lugar de Del Vecchio, na derrota por 3 a 2
em jogo realizado no estádio Olímpico. As primeiras partidas decisivas
aconteceram em novembro de 1959 e foram válidas pelas semifinais da Taça
Brasil. No dia 17, no Pacaembu, o Santos goleou por 4 a 1, e conquistou a vaga
na final ao empatar sem gols, no Olímpico, no dia 25. Voltariam a se enfrentar
pelas semifinais da Taça Brasil de 1963, já em janeiro de 1964. No dia 16, no
Olímpico, Pelé marcou um gol na vitória por 3 a 1 e deixou a classificação para
a final encaminhada. Já na volta, no Pacaembu, Pelé marcou 3 gols, na vitória
do Santos por 4 a 3, o último deles aos 40 minutos do segundo tempo. Poucos
minutos depois, com a expulsão do goleiro Gylmar, coube ao ‘Rei’ entrar na
posição de goleiro e garantir a classificação para a final após algumas boas
defesas. Ao longo de 15 confrontos, nota-SE: um grande equilíbrio, com 7
vitórias do Santos, 6 do Grêmio e 10 gols marcados por Pelé.
Guarani-SP: Outra equipe que
sofreu muito com o Santos de Pelé, sobretudo com o ‘Rei’. Em 33 partidas, a
equipe alvinegra levou a melhor 23 vezes, enquanto o Guarani venceu apenas 4
vezes. O Santos marcou 106 gols, uma média superior a 3 por partida, sendo que
40 deles foram marcados por ‘Ele’. Em três oportunidades, Pelé fez 4 gols na
equipe bugrina, na goleada de 8 a 1, em 15 de agosto de 1957; no 7 a 1, no dia
14 de dezembro de 1958 e no 7 a 0 em 11 de setembro de 1965. Isto sem falar em
um inusitado 10 a 2, com dois gols de Pelé, em um amistoso de entrega das
faixas de campeão paulista, em 11 de janeiro de 1961. O Guarani também teve uma
atuação de gala, em 18 de novembro de 1964, quando goleou o Santos por 5 a 1,
em um dia que até pênalti Pelé perdeu.
Internacional-RS: O primeiro
confronto do rei Pelé frente ao Internacional aconteceu em 25 de setembro de
1958, no antigo estádio dos Eucaliptos, na cidade de Porto Alegre, em uma
partida amistosa. Naquele dia, a equipe santista foi goleada por 5 a 1. As
partidas passaram a ser mais frequentes a partir de 1967, pelo torneio Roberto
Gomes Pedrosa. Logo no primeiro jogo, em 15 de março, no estádio do Pacaembu, o
Santos se vingou daquela goleada, infringindo 5 a 1 frente ao Colorado, com um gol
de Pelé. Ao todo foram 9 partidas, com 5 vitórias santistas e 2 da equipe
gaúcha, com 4 gols do ‘Rei’.
Jabaquara-SP: Pelé marcou 22
gols na equipe do Jabaquara, em 12 jogos, sendo que o Santos saiu vencedor em
11 deles com 66 gols marcados ao todo. A única vitória do Jabaquara aconteceu
no Campeonato Paulista de 1957, em 31 de julho, na Vila Belmiro, um inusitado
placar de 6 a 4. O convencional, no entanto, era o Santos golear e Pelé marcar
muitos gols, assim como aconteceu em 2 de dezembro de 1962, quando o ‘Rei’ fez
4 gols na goleada por 8 a 2 e em outras 3 oportunidades, com 3 gols de Pelé em
cada um deles, em 22 de outubro de 1958; 6 a 2, em 27 de julho de 1960, 8 a 3;
e 19 de agosto de 1962, 5 a 1.
Juventus-SP: A equipe da Rua
Javari é aquela que mais vezes enfrentou o Santos de Pelé e não conseguiu
vencer uma partida sequer. Foram 29 partidas, com 24 vitórias e 98 gols
santistas, com o ‘Rei’ marcando 42 deles. Em 10 de dezembro de 1958, na Vila
Belmiro, Pelé marcou 3 gols na goleada por 7 a 1, em partida válida pelo
Campeonato Paulista. Menos de um ano depois, na Rua Javari, em 2 de agosto de
1959, na vitória por 4 a 0 do Santos, Pelé marcou 3 deles, o último aos 42
minutos do segundo tempo, que, segundo ele, é o mais bonito de toda sua
carreira, após uma sequência de chapéus sobre os adversários grenás. Dois anos
depois, em 6 de setembro de 1961, Pelé marcaria 5 gols, numa incrível goleada
de 10 a 1 em partida realizada na Vila Belmiro.
Londrina-PR: Recém-alçado à
condição de titular da equipe do Santos, conquistada durante o torneio Rio-São
Paulo, ainda em andamento, Pelé acabou começando no banco de reservas no
amistoso realizado em 19 de maio de 1957 frente à recém-criada equipe do
Londrina. Entrou em campo a tempo de marcar 2 tentos na goleada de 7 a 1. O
Santos voltaria a enfrentar o Londrina no dia 20 de setembro de 1961, vencendo,
desta vez, por 2 a 1 em partida amistosa.
Maringá-PR: Uma grande
atuação do Santos em 16 de maio de 1965, em partida amistosa realizada em
homenagem ao aniversário da cidade. Ainda que os torcedores estivessem ansiosos
por ver o ‘Rei’ em ação, ninguém poderia imaginar o incrível resultado final. O
primeiro tempo acabou com 3 a 1 para o Santos. Após abrir uma confortável
vantagem de 5 a 1, quando faltavam cerca de 15 minutos, a equipe alvinegra
desandou a marcar gols, um total de 6. Placar final, 11 a 1, na única partida
do rei Pelé, que naquele dia marcou dois gols frente ao Grêmio de Maringá.
Nacional-AM: Três amistosos,
3 vitórias e 3 gols de Pelé. Em 11 de agosto de 1968, no estádio da Colina, o
Santos venceu por 2 a 1, com 1 gol de Pelé aos 44 minutos do segundo tempo. Já
em 7 de outubro de 1971, o Santos voltou a Manaus e goleou o Nacional por 5 a
1. Nesta oportunidade, Pelé recebeu o título de Cidadão do Amazonas. Na última
vez, em 28 de abril de 1974, pelo Campeonato Brasileiro, Pelé marcou o gol da
vitória santista por 1 a 0.
Nacional-SP: Foram apenas 4
confrontos, válidos pelo Campeonato Paulista, mas o suficiente para notar o
quanto a equipe do Nacional da capital paulista sofreu com o Santos de Pelé,
que venceu todas elas, marcando 25 gols, uma média superior a 6 gols por jogo,
sendo 11 deles marcados por Pelé. Em 11 de setembro de 1957, Pelé fez 4 gols na
goleada de 7 a 1 e voltaria a marcar mais 4, na incrível goleada de 10 a 0, um
ano depois, no dia 11 de setembro de 1958.
Náutico-PE: Pelé enfrentou o
Náutico em 7 oportunidades, sempre pelo Santos, marcando 3 gols, vencendo 4
vezes e perdendo apenas um único jogo. Após empatarem sem gols, no primeiro
confronto, realizado no estádio dos Aflitos, em 4 de outubro de 1957, voltaram
a se enfrentar pelas semifinais da Taça Brasil de 1966. Na primeira partida, na
Ilha do Retiro, em 9 de novembro, Pelé marcou um gol na vitória por 2 a 0. No
jogo de volta, no Pacaembu, no dia 17, o Santos foi surpreendido e derrotado
por 5 a 3, com 4 gols de Bita. Na partida decisiva, no dia 19, o Santos goleou
por 4 a 1 e foi às finais.
Noroeste-SP: Após estar quase
acertado para atuar na equipe do Noroeste, em que chegou a jogar como juvenil,
Pelé acabou fechando contrato com o Santos, o que gerou certo clima de
animosidade quando o ‘Rei’ ia atuar em Bauru contra o maior rival do seu antigo
clube, o Bauru Atlético Clube. Isto ficou ainda mais evidente quando o Noroeste
levou a melhor frente ao Santos, nas duas primeiras vezes que se encontraram,
ambas no estádio Alfredo de Castilho, na cidade de Bauru, em 1958, no dia 23 de
março, em partidas amistosas, por 3 a 2, e em 10 de agosto, por 1 a 0, sem que
Pelé marcasse gol. A partir daí, no entanto, foram 16 partidas, com 15 vitórias
e 29 gols marcados pelo ‘Rei’. Foram algumas goleadas santistas, sendo que em
14 de julho de 1965, na Vila Belmiro, Pelé marcou 5 gols em um 6 a 2. Em 21 de
julho de 1963, em partida equilibradíssima em Bauru, o ‘Rei’ marcou 4 gols da
vitória santista por 4 a 3, sendo que o último deles, de pênalti, aos 43
minutos do segundo tempo, acabou provocando invasão de campo e a expulsão de 5
jogadores do time da casa.
Olaria-RJ: Em partida
válida pelo torneio Rio-São Paulo, no estádio do Pacaembu, no dia 16 de março
de 1963, pouco mais de 7 mil pessoas se interessaram em assistir à partida
entre o então líder, Santos, e o lanterna da competição, Olaria. O Santos
dominou totalmente a partida e goleou a equipe carioca por 5 a 1, com 3 gols
marcados por Pelé. Esta foi a única partida do ‘Rei’ frente ao Olaria.
Olímpico-SC
(Blumenau): No estádio Aderbal Ramos da Silva, na cidade catarinense
de Blumenau, em amistoso que marcou a inauguração dos refletores, no dia 30 de
agosto de 1961, o Santos de Pelé, que voltava de Montevidéu, onde tinha
enfrentado o Nacional do Uruguai, teve uma atuação magnífica frente à equipe do
Olímpico, que viria a conquistar o título catarinense em 1964. O Santos aplicou
uma sonora goleada de 8 a 0, com direito a 5 gols de Pelé.
Palestra-SP (S.
Bernardo do Campo): No estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo,
em 9 de janeiro de 1974, Pelé enfrentou a equipe do Palestra, em sua primeira
partida no seu último ano como atleta profissional do Santos, quando foi
homenageado, recebendo uma chuteira folheada a ouro. Os alvinegros golearam com
certa facilidade, 4 a 0, com um gol do ‘Rei’ em sua única partida frente ao
Palestra.
Palmeiras-SP: Para muitos, o
Palmeiras foi quem mais rivalizou com o Santos de Pelé, sobretudo por ter sido
a única equipe a interromper, por 3 vezes, a sequência de títulos paulistas do
Santos, em 1959, 1963 e 1966. A primeira partida, pelo torneio Rio-São Paulo,
no Pacaembu, foi em 15 de maio de 1957, Pelé marcou 2 gols na vitória santista
de 3 a 0. Pouco menos de um ano depois, pela mesma competição, uma das partidas
mais marcantes, embora não decisiva, no dia 6 de março de 1958, o ‘Rei’ teve
grande atuação e marcou um gol, na vitória santista de 7 a 6 frente ao
Palmeiras. A primeira vez que o Santos de Pelé decidiu um título com o
Palmeiras aconteceu em 10 de janeiro de 1960, válido pelo Campeonato Paulista
de 1959, e embora o ‘Rei’ tenha aberto o placar, o alviverde virou o jogo e
ficou com o título. No final daquele ano, no dia 16 de dezembro, embora não
tenha tido final, Pelé marcou um gol na vitória por 2 a 1 frente ao Palmeiras,
na Vila Belmiro, e conquistou o título paulista daquele ano. Voltariam a se
enfrentar em partidas decisivas, pelas semifinais da Taça Brasil, de 1964, com
duas vitórias santistas, em 4 de novembro, por 3 a 2 com um gol de Pelé; e por
4 a 0 no dia 10; e na de 1965, com uma goleada santista de 4 a 0, no dia 3 de
novembro, e no dia 10, no empate por 1 a 1, com um gol do ‘Rei’. Ao longo de 57
partidas, o Santos de Pelé venceu 28 jogos e o Palmeiras, 17, com 12 empates e
110 gols do Santos, sendo 33 deles marcados por Pelé.
Paulista-SP: Foram apenas 4
confrontos, todos bem equilibrados e válidos pelo Campeonato Paulista, com três
vitórias santistas e um empate. O primeiro deles, em 2 de março de 1969, no
estádio Jayme Cintra, o Santos venceu por 2 a 1. Naquele mesmo ano, no dia 28
de maio, Pelé marcaria seu único gol contra a equipe de Jundiaí, em novo
triunfo alvinegro, desta vez por 3 a 2, na Vila Belmiro.
Paysandu-PA: Para ter
condições de receber um maior público, a direção do Paysandu construiu um lance
de arquibancada de madeira no estádio da Curuzu, especialmente para o amistoso
frente ao Santos de Pelé programado para o dia 6 de agosto de 1968. O Paysandu
saiu na frente o placar ainda no primeiro tempo, mas levou a virada por 3 a 1,
com direito a 2 gols de Pelé. Esta foi a única vez que o ‘Rei’ enfrentou o
Papão.
Pelotas-RS: A delegação do
Santos chegou à cidade gaúcha de Pelotas após passar por Porto Alegre e Rio
Grande durante excursão preparatória para o Campeonato Paulista de 1957. Pelé
ainda era reserva da equipe santista e costumava entrar, ao longo das partidas,
no lugar de Jair Rosa Pinto ou de Del Vecchio. Desta vez, no entanto, o técnico
Lula o testou no segundo tempo na posição ocupada por Pagão. O Santos venceu a
partida por 3 a 2.
Ponte
Preta-SP: Pelé participou de 13 partidas frente à Ponte Preta e
jamais perdeu. Foram 11 vitórias, 2 empates e 12 gols marcados. Sua estreia
frente à Macaca aconteceu em 25 de julho de 1957, na Vila Belmiro, em partida
válida pelo Campeonato Paulista, marcando 3 gols na goleada de 7 a 2. A partida
mais importante entre as equipes também foi uma das mais marcantes para o
futebol mundial. Em jogo válido pelo Campeonato Paulista de 1974, no dia 2 de
outubro, na Vila Belmiro, aos 20 minutos do primeiro tempo, Pelé pegou a bola
no meio do campo, levantou os braços e se despediu do futebol com a camisa do
Santos. Posteriormente, em 1975, Pelé voltaria aos campos para atuar pelo New
York Cosmos. Naquele dia, o Santos venceu por 2 a 0.
Portuguesa de
Desportos-SP: As duas primeiras partidas do Santos de Pelé aconteceram
em 1957 e foram vencidas pela Portuguesa, ambas por 4 a 2, em 9 de fevereiro e
9 de maio, com Pelé passando em branco. A partir daí, no entanto, o ‘Rei’ levou
vantagem na maioria das vezes. Em duas oportunidades chegou a marcar 4 gols na
Lusa, no dia 17 de setembro de 1961, 6 a 1, pelo Campeonato Paulista e em 15 de
outubro de 1969, no 6 a 2, válido pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa. As
equipes disputaram o título do Campeonato Paulista de 1964 até a última rodada,
quando em 13 de dezembro, na Vila Belmiro, o Santos conquistou a competição ao
vencer a Portuguesa por 3 a 2. Depois de alguns anos, voltaram a decidir um
título paulista, em 26 de agosto de 1973, no Morumbi, quando um empate sem
gols, seguido de um erro na contagem de pênalti por parte do árbitro Armando
Marques acabou por provocar a divisão do título entre as equipes, o último da
carreira do rei Pelé. Ao longo da carreira, Pelé enfrentou a Portuguesa em 49
oportunidades, levando a melhor em 27 delas, empatando 9 e perdendo 13 vezes,
com o ‘Rei’ marcando 42 gols. A Portuguesa foi a equipe que mais sofreu gol do
Santos com Pelé em campo, ao todo 118.
Portuguesa
Santista-SP: Em 17 partidas disputadas frente à Portuguesa Santista,
o Santos de Pelé venceu 12 e perdeu apenas 2, com ‘Ele’ tendo marcado 20 gols.
Algumas goleadas foram marcantes, assim como em 1° de dezembro de 1957, em
partida válida pelo Campeonato Paulista, no estádio Ulrica Mursa, quando o
Santos venceu por 6 a 2, com 4 gols de Pelé. Pouco menos de um ano depois, em 15
de outubro de 1957, na Vila Belmiro, a equipe santista voltou a golear, por 6 a
1, com o ‘Rei’ marcando 3 deles. Em 5 de setembro de 1959, como militar, Pelé
enfrentou a Portuguesa Santista, defendendo a equipe do 6º Grupo de Artilharia
de Costa Motorizado, o jogo acabou empatado sem gols.
Prudentina-SP: O Santos de Pelé
enfrentou a equipe da Prudentina, da cidade paulista de Presidente Prudente, em
11 oportunidades, levando a melhor em 9 vezes e empatando apenas em duas delas.
Pelé marcou 25 gols, uma impressionante média superior a 2 gols por jogo. O
‘Rei’ fez gols em todas as partidas contra a Prudentina, cabendo destacar os 4
gols marcados em 28 de outubro de 1964, na goleada de 8 a 1 na Vila Belmiro, e
os 5 anotados na vitória de 5 a 2 em pleno estádio Félix Ribeiro Marcondes, na
cidade de Presidente Prudente, no dia 31 de outubro de 1965.
Remo-PA: O estádio
Antonio Baena, o Baenão, na cidade de Belém, estava completamente lotado no dia
29 de abril de 1965, para assistir ao vivo, pela primeira vez no Pará, o rei
Pelé. Ele entrou em campo com a camisa do Remo e um buquê de rosas. Naquele
dia, o Santos, que estreava Carlos Alberto Torres, goleou a equipe azulina pelo
inusitado placar de 9 a 4. Pelé foi um caso à parte, uma vez que marcou
‘apenas’ 5 gols. Ao final da partida, ainda se dirigiu ao presidente do clube
paraense e se desculpou por um dos gols, de pênalti, que na opinião dele tinha
sido mal marcado. Esta foi a única partida de Pelé frente ao Clube do Remo.
Renner-RS: Reserva durante
quase toda a excursão do Santos ao Rio Grande do Sul em março de 1957, Pelé foi
titular no dia 27, na partida amistosa frente ao Renner, equipe campeã gaúcha
de 1954, que contava com o goleiro Valdir Joaquim de Moraes, com quem travaria
históricos confrontos em um futuro próximo nos clássicos com o Palmeiras. O
destaque naquele dia, no entanto, foi Ênio Andrade, futuro técnico, que marcou
3 gols na vitória do time gaúcho por 5 a 3.
Rio
Negro-AM: A única partida de rei Pelé frente à equipe amazonense
do Rio Negro foi histórica para a sua carreira. No dia 2 de maio de 1974, em
jogo válido pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, aos 4 minutos do primeiro
tempo, Pelé marcou o seu último gol na Vila Belmiro. A partida acabou em 3 a 0
para o Santos.
Saad-SP: Pequena equipe
da cidade paulista de São Caetano do Sul, o Saad participou, pela primeira vez,
do Campeonato Paulista da divisão principal em 1974, e foi dono de uma das
grandes surpresas da competição ao vencer o Santos por 3 a 1, chegou a estar
vencendo por 3 a 0, em pleno estádio da Vila Belmiro, em 24 de agosto. Pelé
teve uma atuação fraca e chegou a ser vaiado pela torcida santista, algo
inusitado e raríssimo em sua carreira. Esta foi a única vez que enfrentou o
Saad.
Sampaio
Corrêa-MA: Com status de bicampeão paulista (55/56), o Santos
chegou a São Luís para enfrentar a equipe do Sampaio Corrêa em 6 de outubro de
1957, em partida amistosa realizada no estádio Nhozinho Santos. Pela primeira
vez, Pelé atuaria no estado do Maranhão e foi em grande estilo. Após abrir o
placar com um gol de Terrível, coube a Pelé marcar os 2 gols da vitória
santista por 2 a 1. Esta foi a única vez que o ‘Rei’ enfrentou o Sampaio.
Santa
Cruz-PE: Em 8 partidas, o ‘Rei’ marcou 8 gols, vencendo 5 jogos e
perdendo 2 vezes. No terceiro confronto frente ao Santa Cruz, válido pelo
torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 12 de novembro de 1969, na Ilha do Retiro,
aos 5 minutos do segundo tempo da partida, Pelé marcou o terceiro gol santista
naquele dia, que seria o seu milésimo gol, uma vez que pesquisas posteriores
identificaram outros gols marcados pelo ‘Rei’, antes desta data. Apesar disso,
oficialmente a história define o gol mil como sendo aquele marcado frente ao
Vasco, uma semana depois no Maracanã. Pelé marcaria mais um gol naquela goleada
de 4 a 0.
Santos-SP: Vestindo a
camisa do New York Cosmos, Pelé enfrentou por 45 minutos o Santos, durante sua
partida de despedida realizada no New York Stadium no dia 1° de outubro de
1977. A equipe brasileira abriu o placar aos 14 minutos do primeiro tempo,
através de ‘Rei’naldo, cabendo justamente a Pelé empatar a partida, marcando um
gol de falta para a equipe norte-americana. No segundo tempo, atuando pelo
Santos, viu o Cosmos virar o placar para 2 a 1.
São
Bento-SP: O São Bento estreava no Campeonato Paulista quando
surpreendeu o Santos de Pelé, na primeira vez em que se enfrentaram, no dia 30
de outubro de 1963, no estádio Carlos Joel Nelli em Sorocaba, vencendo por 3 a
2 a equipe que pouco menos de um mês depois conquistaria o bicampeonato mundial
frente ao Milan. Foi, no entanto, o único triunfo da equipe do interior. Em 14
partidas, foram nove vitórias santistas e 11 gols marcados pelo rei Pelé. Com
destaque para a goleada de 6 a 0 em 9 de dezembro de 1964, com 3 tentos
marcados por Pelé.
São
Paulo-SP: A estreia do ‘Rei’ em uma competição oficial aconteceu
frente ao São Paulo, no dia 26 de abril de 1957, na vitória por 3 a 1 em
partida válida pelo torneio Rio-São Paulo, com um gol dele. Ainda naquele ano,
no dia 17 de novembro, em partida válida pelo Campeonato Paulista, na Vila
Belmiro, o ‘Rei’ enfrentou seu ídolo de criança, Zizinho. Naquele dia, seu
ídolo levou a melhor, com o São Paulo vencendo por 6 a 2. No ano seguinte, em
1958, embora não tenha tido uma partida final, Pelé conquistou seu primeiro
titulo depois de conquistar a Copa do Mundo da Suécia, o Campeonato Paulista,
disputando diretamente com o São Paulo. A única vez em que decidiram uma
competição em uma partida final aconteceu em 21 de dezembro de 1967, quando o
Santos venceu o tricolor por 2 a 1 no Pacaembu, em partida válida pelo
Campeonato Paulista daquele ano. Em 49 partidas, o Santos de Pelé venceu 19
vezes, o São Paulo levou a melhor em 12 oportunidades e o ‘Rei’ marcou 32 gols.
Sergipe-SE: Pelé marcou 4
gols da incrível goleada de 9 a 1 do Santos frente ao Sergipe em partida
amistosa realizada no estádio Lourival Batista, o Batistão, em Aracaju, no dia
29 de julho de 1970. O ‘Rei’ voltaria a marcar, na vitória de 1 a 0, no dia 13
de setembro de 1972, bem como na goleada por 3 a 0, em 3 de outubro de 1973, em
partidas disputadas em Aracaju e válidas pelo Campeonato Brasileiro.
O badalado milésimo gol no argentino Andrada |
Sport
Recife-PE: São 6 confrontos entre o Santos de Pelé e o Sport, com 3
vitórias paulistas, 3 empates e 2 gols de Pelé, com jogos marcados quase sempre
por grande equilíbrio. A exceção aconteceu justamente quando as equipes
decidiram uma vaga para as finais da Taça Brasil de 1962, em partidas
realizadas em janeiro de 1963. No dia 12, na Ilha do Retiro, as equipes
empataram por 1 a 1. Já no jogo de volta, no dia 16, no Pacaembu, embora não
tenho feito gols, Pelé teve uma atuação magistral na goleada de 4 a 0.
Taubaté-SP: Em partidas
válidas pelo Campeonato Paulista, o Santos de Pelé venceu 5 dos 8 confrontos
frente à equipe do Vale do Paraíba, anotando 6 gols. A única vitória do Taubaté
foi épica, por 3 a 2, em 5 de outubro de 1958, no estádio Lauro Joaquim de
Moraes, em uma rara derrota santista naquele ano. Pouco mais de 2 anos depois,
o Santos se vingou de forma convincente, ao aplicar uma goleada de 6 a 1 no
time da casa, com dois gols de Pelé.
Uberaba-MG: No meio do
Campeonato Brasileiro de 1974, o Santos realizou uma rápida excursão por Goiás
e Minas Gerais. Uma das cidades visitadas foi Uberaba, que premiou o ‘Rei’ com
o título de cidadão honorário. Visivelmente longe de suas melhores condições
físicas, sua simples presença em campo foi o suficiente para que o público
lotasse as dependências do estádio Engenheiro João Guido, o Uberabão. O Santos
venceu por 2 a 0 esta partida, que foi a única de Pelé frente ao Uberaba.
Uberlândia-MG: O antigo estádio
do Uberlândia, o Juca Ribeiro, foi palco, em 8 de janeiro de 1961, de uma
grande exibição do Santos. A equipe paulista tinha recém-reconquistado o título
paulista de 1960 frente ao Palmeiras e mostrou ao público mineiro que aquele
ano seria ainda melhor. Com recorde de público, o Alvinegro passeou em campo
com uma goleada convincente de 6 a 1, com 4 gols de Coutinho e 1 de Pelé. Esta
foi a única vez que o ‘Rei’ enfrentou o Uberlândia.
Vasco da Gama-RJ: Pelé chegou a
atuar, e marcar gols, com a camisa do Vasco, em um combinado formado por
atletas das duas equipes que jogou 4 partidas amistosas em 1957. Em 17 de maio
de 1959, Pelé marcou um gol na goleada santista de 3 a 0 frente ao Vasco da
Gama, que lhe valeu a primeira conquista do Torneio Rio-São Paulo. As equipes
voltariam a decidir um título, o da Taça Brasil de 1965, conquistado pelo
Santos, em 8 de dezembro, quando Pelé marcou o gol da vitória do Santos por 1 a
0 na partida final disputada no Maracanã. Em 1968, no dia 10 de dezembro, Pelé
marcou um gol na vitória por 2 a 1 frente à equipe carioca, no Maracanã, e
conquistou o torneio Roberto Gomes Pedrosa. A partida mais importante, no
entanto, aconteceu em 19 de novembro de 1969, na vitória santista por 2 a 1,
quando, aos 34 minutos do segundo tempo, o ‘Rei’ marcou — oficialmente — de
pênalti, o seu milésimo gol. A estatística dos confrontos é bem equilibrada,
com 9 vitórias santistas e 8 vascaínas, ao longo das 21 partidas, com Pelé
marcando 9 gols.
Vitória-BA: Em três
confrontos realizados, todos pelo Campeonato Brasileiro, o Santos de Pelé
triunfou apenas em um deles, 1 a 0, no último, realizado no estádio do
Pacaembu, em 31 de janeiro de 1974. Nas outras duas partidas, ambas na Fonte
Nova, o Vitória levou a melhor vencendo por 1 a 0 em 17 de setembro de 1972, e
2 a 0 no dia 29 de agosto de 1973. Pelé não marcou gols no rubro-negro baiano.
XV de
Jaú-SP: Em 4 partidas disputadas, válidas pelo Campeonato
Paulista, o fator campo foi decisivo na história dos confrontos de Pelé frente
à equipe de Jaú. Atuando na Vila Belmiro, o Santos goleou por 5 a 2, em 1958,
com um gol de Pelé, e por incríveis 8 a 2, no dia 26 de julho de 1959, com 3
gols dele. Já nas partidas disputadas em Jaú, houve um empate sem gols, no dia
1° de novembro de 1959, e uma vitória do time da casa por 1 a 0, em 8 de
novembro de 1959.
XV de
Piracicaba-SP: Uma das grandes vítimas de Pelé, o XV de Piracicaba
enfrentou o Santos do ‘Rei’ em 18 oportunidades, com 14 vitórias e 62 gols santistas,
uma média de 3,4 gols por partida. Coube a Pelé marcar 25 vezes. Em 23 de julho
de 1958, Pelé marcou 4 vezes, na goleada de 6 a 0. No ano de 1961, o ‘Rei’
marcou 3 gols em cada uma das goleadas aplicadas pelo Santos, 6 a 1 no dia 19
de agosto; e 7 a 2 no dia 10 de dezembro. A única vez que Pelé saiu derrotado
pelo alvinegro piracicabano foi justamente na última vez que o enfrentou, por 1
a 0, no dia 27 de agosto de 1972, no Barão de Serra Negra.
Ypiranga-SP: Uma das mas
tradicionais equipes do futebol paulistano, o Clube Atlético Ypiranga foi
confrontado em três partidas válidas pelo Campeonato Paulista, o Santos de Pelé
venceu por goleada todas elas, marcando 21 gols, sendo 8 deles do ‘Rei’. Em 25
de setembro de 1957, aconteceu o placar mais elástico, por 9 a 1. Já em 1958,
no dia 7 de setembro, por 4 a 1, sem gols de Pelé, que marcou 5 na goleada por
8 a 1 em 1° de outubro.
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