Meu glorioso alvinegro..
.
.
PAULO MORAES
Hoje, abro meu coração para falar de
duas cores apaixonantes.
É uma história que completa 100 anos.
Falo do 15 de junho de 1919. É uma data para povoar toda Caruaru querida. É o centenário
de um dos maiores orgulhos da Capital do Agreste, o sempre amado Central.
Na época em que
morava em Caruaru (de 1957 a 1964), a torcida do Central, até quando o alvinegro
passou a disputar o Campeonato Pernambucano, era pequena, muito pequena.
Se torcia pelo Sport, Náutico ou Santa Cruz Só crescia quando, por exemplo, o
time da Avenida Agamenon Magalhães enfrentava um dos grandes. Se fosse o Sport
o adversário, torcedores do Santa e do Náutico viravam centralinos ou
centralistas (escolha o que você prefere, afinal os dois termos estão corretos).
Acompanhei o
Central até quando troquei de cidade. Me mudei para o nosso maravilhoso Recife
(hoje vivo em Olinda). Lá vi antes dos anos 60, grandes confrontos locais, no
campeonato municipal.
Eu era Vera Cruz, tricolor como o Santa Cruz.
Vi grandes duelos entre Central e Vera Cruz, Central e Comércio, Comércio
e Vera Cruz. Eram clássicos empolgantes. Ali, sim, a torcida alvinegra era a
maior da cidade idolatrada nos bonecos do Mestre Vitalino, na música
"A Feira de Caruaru", de outro mestre, o grande Onildo Almeida, e
cantada mundo afora pelo Rei do Baião, o saudoso Luiz Gonzaga.
Naquela ocasião,
conheci belos times do Central. O mais famoso, que corre pela minha lembrança, era
formado por Dudinha; o folclórico Adolfo, Zé Carlos, Jucélio e Da Cunha, que
antes era chamado de Zé de Rita; Pissica e Vadinho; Nido, Pinheiro, Esquerdinha
e Fernando Lima, já na primeira divisão pernambucana.
Antes a bola corria
nos pés, por exemplo, de Zezinho de Tutu, de Pernambuco, de Pelado, do próprio
Pissica, de Moacir e João Carlos. Inesquecíveis craques do Central, estes
últimos e aqueles da escalação anterior.
Como recordar
é viver, ouço em casa, o Hino do Central, no ar, pela sabedoria do cantor e
compositor Israel Filho. Ei-lo:
"Meu
glorioso alvinegro
És o campeão das
emoções
Tua glória, teu
passado
Sempre presente
em nossos corações
A tua bandeira
alvinegra
Ao tremular
relembra a tua história
Enche de orgulho
o nosso peito
Nos faz lutar em
busca da vitória
És filho de
Caruaru, capital do Agreste em Pernambuco
Nossa busca de
vitórias prevalece
O teu gingado tão
malandro, tão matuto
Central, Central,
Central
O teu nome me
enche de emoção
Seja na terra, em
outras terras
Tua bandeira é
força e tradição
(Composto em
1995)
Central, agora
centenário ao lado do Sport, do Náutico, do Santa Cruz e do América. Avante,
Central! Nós te amaremos sempre, querido alvinegro.
Comentários
Postar um comentário