O momento é do Clube Náutico
Capibaribe, que vive a expectativa da reabertura do Estádio Eládio de Barros
Carvalho. O próximo domingo, 16 de dezembro, fará parte dos anais do futebol
pernambucano, como o dia em que o antigo campo da Liga, comprado pelo Náutico, e
que Eládio, o Pajé, transformou num estádio de verdade, inaugurando-o em 1952,
voltará a fazer parte da história alvirrubra. Trata-se de um patrimônio que
estava fadado a se transformar numa página virada. A partir de quando o clube
passou a utilizar a moderna e bela Arena de Pernambuco, como se fosse sua casa,
o que na realidade não era, o autêntico lar da timbuzada entrou num processo de
ruína que tendia a transformá-lo num traste e desvalorizá-lo com o passar do
tempo. Antes de chegar a isso poderia ser vendido e aí, adeus viola, como diz o
ditado.
Em boa hora, uma plêiade de
alvirrubros se deu as mãos para salvar aquele precioso bem, o que foi feito com
muita garra e obstinação diante das dificuldades financeiras. O resgate aconteceu
e os alvirrubros estão voltando para casa. Há que se ter cuidado para que
doravante nenhum aventureiro queira lançar mão da coroa que tanto orgulha a
timbuzada, principalmente agora que está plenamente retocada por dentro e por
fora. Uma coisa é certa: time de fora que perder nos Aflitos não poderá mais
culpar o gramado e o terreno. Há que se procurar outra justificativa.
BIANCHI
E MOURÃO
Em relação ao Newell’s Old
Boys, time argentino, que abrilhantará a festa de reinauguração dos Aflitos, dois
personagens que já povoaram a paisagem do futebol pernambucano, foram ligados à
sua trajetória. Um é Dante Bianchi, nascido em Córdoba, na Argentina, que
vestiu sua camisa antes de sair do país para jogar no Uruguai (Nacional) e no
Brasil (São Cristóvão, Bahia e Vitória). Aportou no Recife, como técnico, e
aqui fez pousada. Dirigiu América (dez vezes), Sport, Santa Cruz, Náutico,
Central e Centro Limoeirense.
O outro é Mourão, alagoano
que escolheu a capital pernambucana para morar e é focalizado numa reportagem
deste blog, que ainda está no ar, reproduzida pela Folha de Pernambuco. Defendeu CRB, América, Sport, Santos e Grêmio,
antes de encerrar a carreira, no Newell’s clube de Rosario, província de Santa
Fé. Como ex-jogador, sente-se orgulhoso pela vinda ao Recife última equipe de
sua trajetória futebolística.
MÚSICA
E BOLA
Interessante o evento a ser
realizado nesta quinta-feira, 13, no Cordeiro, na sede da ABCC (Associação
Beneficente Criança Cidadã). A entrega de faixas aos adolescentes que praticam
artes marciais será abrilhantada pelos acordes da orquestra. Além do lado
musical, a instituição também está dando ênfase à prática dos esportes. O
objetivo é orientar crianças que moram em áreas de risco no caminho da
cidadania.
BOM
DE SAMBA
“Quem não gosta de samba /
Bom sujeito não é”, diz um samba famoso. Esta sentença não se enquadra no
antigo ponta-esquerda do Santa Cruz, Josenildo. Além de ter sido bom com a bola
nos pés, sabe usá-los com muita habilidade na hora de mostrar que atende ao
requisito de brasilidade ditado pela música. Mostrou isso em mais uma edição do
Dia do Boleiro, a décima oitava. Bastava ouvir um batuque para cair no gingado.
Sempre sorridente.
CONFRATERNIZAÇÃO
A época é de abraços,
beijinhos, comes e bebes. Nesta sexta-feira, 14, haverá a tradicional
confraternização da colônia recifense de Santa Cruz do Capibaribe. É hora de
esquecer os dissabores e cuidar dos sabores da vida. A reunião, que tem como
organizadores Joninhas, Lenildo e Mimoso, terá lugar, como sempre, no
Restaurante Dom Ferreira, em Boa Viagem, esquina da Domingos Ferreira com a
Ernesto de Paula Santos. Mimoso, que vem a ser o advogado Nivaldo Clementino,
lembra que será o 50º encontro da turma – muitos já se foram – e exige a
presença de quem estiver na cidade.
DONA
TEREZINHA
Como se trata de um mês
festivo, terei a honra de participar no sábado da próxima semana, 22, em
Aldeia, da comemoração dos 100 anos de minha tia pelo lado paterno, Terezinha.
Firme como uma rocha, a cada 10 anos ela tem sido a atração diante dos
familiares. Viva!
ELEGÂNCIA
Como acontecia nas corridas de cavalos realizadas pelos
três hipódromos existentes no Recife, nos primórdios do futebol em Pernambuco,
nas primeiras décadas do século XX, homens e mulheres vestiam suas melhores
roupas para ir ao campo – não existiam os estádios propriamente ditos –
proporcionando um espetáculo de elegância fora do gramado. Certamente, dava
gosto ver o modo como trajavam austeros cavalheiros, sempre de paletó – alguns
de fraque –, e chapéu. A mulherada caprichava nos vestidos longos e contribuía
com sua graciosidade para o embelezamento das tardes futebolísticas.
FRASE
“Jogador que perde muita bola vira paciente”.
(Zé do Carmo, filósofo de mesa de bar, que promete lançar
um livro com ditos como este.)
O
TIME DELES
Cannibal (cantor) –
Santa Cruz
Chiquinho (secretário
executivo de Esportes de Olinda) – Sport
Leduar (ex-jogador) – Náutico
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