Central caminhando para entrar no bloco centenário



O Central Sport Club está entrando no ano de seu centenário, uma vez que foi fundado no dia 15 de junho de 1919. Daqui a seis meses, portanto, fará parte de um bloco que, entre os participantes do Campeonato Pernambucano do próximo ano, conta com o Náutico (1901), Sport (1905), América (1914) e Santa Cruz (1914)

O nome originou-se da passagem por Caruaru da estrada de ferro central, que percorria uma parte do Estado de Pernambuco, longitudinalmente, saindo do Recife, implantada pela companhia inglesa Great Western  

Adotando o preto e o branco como suas cores, terminou escolhendo a patativa, pássaro de plumagem idêntica e abundante na região, como símbolo. Ao longo de sua existência tornou-se uma referência no futebol do interior pernambucano, com inúmeras conquistas.

REGISTRO HISTÓRICO

Em 1937, financiado pelo capitalista José Victor de Albuquerque, disputou o Campeonato Pernambucano, ocasião em que o zagueiro paulista Zago, saído do Atlético Mineiro, e pretendido pelo Vasco da Gama, ao assinar contrato com o Alvinegro, entrou para a história do futebol de Pernambuco por ter sido o primeiro jogador registrado como profissional na Federação Pernambucana de Desportos, a atual Federação Pernambucana de Futebol.

1937- Pedro, Alemão, Joaquim, Mário Matos, Zé de Nane, Heleno, Trajano, Edmilson, Tutu, Zuza, Otoniel, Zago e o técnico, Jaime Guimarães.


Por exigência da Federação, o Central teve que realizar seus jogos no Recife. A Patativa, dirigida pelo técnico Jaime Guimarães, em 14 jogos venceu 6, empatou 1 e perdeu 7. Para completar sua trajetória, ainda sofreu uma derrota por WO porque não compareceu a campo para disputar um jogo com o Sport.

No ano seguinte, o Central já não disputou, tendo em vista a decisão do comendador José Victor de tirar o time, sob a alegação de que a equipe caruaruense era muito prejudicada pelos árbitros.

VOLTOU PARA FICAR

Em 1961, graças ao empenho de um grupo de desportistas liderados por Gercino Tabosa, gerente do extinto Banco do Povo e presidente da Liga Desportiva Caruaruense, que gozava de grande prestígio na cidade, o Central voltou ao Campeonato Pernambucano para não mais sair.

Naquele ano, o Central foi dirigido pelo técnico Gilberto Carvalho, ex-craque do Náutico e dos Américas, do Recife e do Rio de Janeiro. Em 20 jogos disputados, o Central obteve 5 vitórias, concedeu 5 empates e sofreu 10 derrotas. O treinador entregou o posto em pleno decorrer do campeonato sob a alegação de que um dirigente queria influenciar na escalação do time, o que ele não aceitava.
 1961-em pé, Zé Luiz (massagista), Berto, Dudinha, Adolfo, Zezinho, Espanhol e Pereira; agachados, João Carlos, Pissica, Waldemir, Pedrinho e Diniz


Em 1998, o Central foi rebaixado para a Série A 2, ou Segunda Divisão, tendo disputado o campeonato desta categoria em 1999. Venceu a competição e retornou à Série A 1.



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